quarta-feira, setembro 30, 2009


Quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela! Essa frase, profunda e sábia, representa bem como os seres humanos são seduzidos pelo poder e dele não mais querem se desfazer. Outra frase diz: O poder vicia! Essa explica porque as pessoas estão sempre atrás de mais e mais poder. Um exemplo claro disso é o presidente do Congresso Nacional, Jose Sarney. Depois de ter sido presidente da Republica e do Congresso Nacional por duas vezes e de ter prometido apoio a um candidato petista para a presidência do Congresso, eis que, no “ultimo minuto”, se deixou seduzir pela ambição e poder e se candidatou e ganhou! Ganhou? Não, perdeu! Perdeu a biografia, a moral e será lembrado pela história como o presidente do Congresso mais envolvido em denuncias de corrupção, nepotismo e etc, etc, etc...
Mas, pergunta a nação tricolor, que diabos têm a ver Sarney com o Bahia? Nada. As linhas acima são apenas para ilustrar situação análoga ao que vem ocorrendo com o deputado-presidente Marcelo Guimarães Filho (a partir daqui o tratarei como MGF).
Antes de assumir a presidência do maior clube do Norte/Nordeste, MGF era apenas um político apático, daqueles que “nem fedem, nem cheiram”. Ouvíamos pouco de sua atuação na câmara. Com essa apatia, ele ia se reelegendo. Foi vereador em Salvador e depois duas vezes deputado federal (cargo atual). Poderia continuar sua carreira política.
Mas como disse acima, o poder vicia, e ele não se contentou em ser apenas um mero deputado, quis presidir o Es(Ex-)quadrão de Aço, sucedendo Petrônio Barradas (indicado por seu pai) e o próprio Pai que deixou o clube na série C em 2005.
Começou a sua desastrosa gestão contratando um rubro-negro declarado, Paulo Carneiro, foi “enxotado” pelo conselho deliberativo do Vitória quando o time de Canabrava desceu a serie C também em 2005. Com um torcedor do rival com carta branca no dep. De futebol do tricolor, o resultado não poderia ser diferente.
Mas os erros do deputado presidente não pararam por aí. Aumentou escandalosamente os preços dos ingressos afugentando a massa tricolor: de R$ 10,00, os ingressos subiram para R$ 30,00, depois R$ 40,00 e há alguns jogos voltou para R$ 30,00. A média de publico, obviamente, diminuiu de 40.000 torcedores (na Fonte Nova) para 12.000 (até a 26ª rodada). Ainda iniciou a cobrança de crianças de 0 a 5 anos, talvez o único clube no Brasil que tenha tomado tal atitude, afugentando os futuros tricolores, alvos de incansáveis e heróicas ações dos pais para convencê-los a torcer pelo Bahia, que completará 06 anos fora da serie A e há 07 anos não ganha título algum.
Pensa que acabou? Não. A principal promessa do presidente ao assumir o clube foi promover a mudança nos estatutos do clube, permitindo aos sócios o direito de voto nas eleições para conselheiros e presidente, que ainda não foi cumprida. Do plano de marketing, pomposamente apresentado, pouca coisa saiu do papel: A TV Bahêa ainda não estreou, a loja física oficial ainda não foi inaugurada, o bar temático não saiu, o conselho Consultivo não é consultado para nada...
Hoje o time se encontra na zona de rebaixamento a Serie C e, caso essa tragédia ocorra, MGF pode procurar uma empresa de advocacia para trabalhar ou abrir seu próprio escritório, pois no Bahia ele não ficará e na Câmara Federal...bem, ele se despediu de lá quando resolveu assumir o Bahia. Não mais se reelegerá!!!!

terça-feira, setembro 15, 2009

ESTRUTURA E PLANEJAMENTO SÃO FUNDAMENTAIS!




Marcelo Guimarães Filho já teve avaliações diversas partindo de cronistas, jornalistas, desportistas e principalmente de torcedores. A maioria entende que MGF tem feito um trabalho de regular para bom, mas todos são unânimes em decretar que esta Gestão é bem melhor que as anteriores (a de Petrônio Barradas principalmente).
Em minha opinião a gestão MGF tem sido boa e se o time conseguir a ascensão a Seria A de 2010 terá sido ótima! Explico. Em reportagem publicada em A TARDE de domingo, caderno de Esportes, um texto questionava a decadência do futebol carioca que já teve 03 dos 04 grandes clubes rebaixados a serie B nos últimos anos, sendo que o Fluminense chegou a serie C. O Flamengo há alguns anos ensaia cair para a “segundona” tendo melhorado a partir do ano passado. Questionado porque se deu esse colapso no futebol carioca, o presidente do Fluminense foi enfático: “Nenhum clube se sustenta sem uma estrutura, sem um centro de treinamentos e um estádio próprio”. O Presidente do Botafogo corroborou com a afirmação. E eu também concordo. Vale ressaltar que o nosso rival de canabrava começou a aparecer para o futebol nacional a partir de sua estruturação. Depois do estádio dado de presente ao clube pelo então Governador João Durval e feitas melhorias no seu CT, o time de Canabrava apareceu para o Brasil.
É justamente por conta disso que defendo a gestão MGF. Como parte de suas primeiras ações, foram feitas melhorias significativas no Fazendão, construída uma academia e um centro de fisiologia, requalificado os campos e os gramados para treinamento e por fim, essa noticia de aproveitar parte dos recursos da venda da sede de praia mais o Fazendão em troca de um novo CT mais moderno e mais amplo. Concretizando-se estas ações, com certeza o Bahia voltará a ser o Tricolor de Aço que todos queremos ver.
Também vale destacar a coragem, a inteligência e a habilidade política de Marcelinho, homem que ocupa o segundo cargo mais importante da Bahia (atrás apenas do Governador). Conseguiu se unir a oposição, dando espaço e ouvindo os oposicionistas e soube habilmente rebater críticas desrespeitosas (me refiro aqui à protagonizada por Samuel Celestino, que não foi tão feroz com a desastrosa gestão de Petrônio Barradas).
Mas a gestão atual do Bahia tem errado em coisas simples, porém importantes. O principal erro foi o excesso de promessas, algumas não cumpridas ainda, e um marketing subaproveitado. Não podemos esquecer da política equivocada de preços dos ingressos que afastou o torcedor.
O clube tinha tudo para ter, na pior das hipóteses, 13 mil sócios atualmente. Bastava pra isso que a gestão atual aproveitasse a “euforia” do torcedor tricolor no início do ano quando a torcida festejava um estádio moderno e bonito, apelidado carinhosimante de “caldeirão tricolor” e também um time aparentemente bem montado que chegou na reta final do 1º turno invicto, na liderança (mesmo com um a jogo a menos que o rival) e real favoritismo ao titulo. Se o Bora Bahêa atual (com direito a voto) fosse lançado nessa época, teríamos hoje tranquilamente 13 mil sócios – torcedores (essa minha estimativa se baseia na média de publico de PituAÇO) e uma renda fixa mensal de R$ 260.000,00 provenientes das mensalidades.
Também as ações de Marketing demoraram muito a sair, a Loja física oficial até hoje não se concretizou e os balancetes do segundo trimestre não foram publicados ainda!!!! A transparência deve ser em qualquer instituição um valor e não uma jogada de marketing. Porque não se publicou os balancetes do 2º trimestre ainda? Porque não se estabelece um calendário anual para tal divulgação? O conselho Consultivo é consultado para alguma coisa ou é só figuração? Porque não se abre um canal direto entre o torcedor e o marketing do clube (um telefone e e-mail para sugestões)? Idéias boas e louváveis pipocam pela internet e o marketing não lê, ouve ou ver?!
Enfim, são criticas e perguntas que a gestão atual deve responder ao torcedor.
No mais, reafirmo que a decisão de reestruturar o clube e pensar em um novo CT e um estádio próprio é o fator mais positivo desta gestão, deixando de sê-lo apenas se o time ascender a serie A.
É difícil mas eu ainda ACREDITO!!!